Eu acho essa questão do entusiasmo tão real. Eu faço isso porque eu amo. Sim, eu quero resultados, mas se a mente marketeira linkedin me proibir de amar para obter resultados, então nada disso faz sentido. Acho que o pessoal confunde muito "trabalho" com "modelo de produção capitalista". Penso naqueles tweets "qual o seu trabalho dos sonhos?"//"eu não sonho com trabalho": eu sei de onde essas pessoas estão vindo, mas eu discordo. Tocar uma ONG que resgata cães e gatos é um trabalho. Fazer um serumaninho e criar esse serumaninho com saúde e amor e condições de chegar na vida adulta impactando o mundo de forma positiva é um trabalho. Porque se fosse hobby podia simplesmente largar pela metade, né? Fazer uma ideia chegar até o formato final e então nas mãos dos leitores é um trabalho - na falta de um, uns três trabalhos até. Claro que você PODE largar um romance incompleto, mas a questão é que quem levou até o fim precisou tratar como trabalho. Eu não sonho com bater ponto, quantidade limitada de férias e licença médica, salário de fome. Mas eu tenho trabalhos dos sonhos sim, e ser uma pessoa que tem a oportunidade de escrever nem que seja só um tiquinho profissionalmente é um privilégio enorme. Então eu acredito sim em ficar empolgada e entusiasmada e pulando e dando gritinhos, curtindo existir nesse meio.
Foi muito legal te ver na Bienal, e concordo com as considerações a respeito do fazer artístico enquanto profissão. Como sempre a gente é restrito pela materialidade e pelo que pode arcar com.
clima de bienal é sempre muito legal. o poder da literatura é incrível.
É incrível mesmo, embora eu termine o evento exausta hahaha
Eu acho essa questão do entusiasmo tão real. Eu faço isso porque eu amo. Sim, eu quero resultados, mas se a mente marketeira linkedin me proibir de amar para obter resultados, então nada disso faz sentido. Acho que o pessoal confunde muito "trabalho" com "modelo de produção capitalista". Penso naqueles tweets "qual o seu trabalho dos sonhos?"//"eu não sonho com trabalho": eu sei de onde essas pessoas estão vindo, mas eu discordo. Tocar uma ONG que resgata cães e gatos é um trabalho. Fazer um serumaninho e criar esse serumaninho com saúde e amor e condições de chegar na vida adulta impactando o mundo de forma positiva é um trabalho. Porque se fosse hobby podia simplesmente largar pela metade, né? Fazer uma ideia chegar até o formato final e então nas mãos dos leitores é um trabalho - na falta de um, uns três trabalhos até. Claro que você PODE largar um romance incompleto, mas a questão é que quem levou até o fim precisou tratar como trabalho. Eu não sonho com bater ponto, quantidade limitada de férias e licença médica, salário de fome. Mas eu tenho trabalhos dos sonhos sim, e ser uma pessoa que tem a oportunidade de escrever nem que seja só um tiquinho profissionalmente é um privilégio enorme. Então eu acredito sim em ficar empolgada e entusiasmada e pulando e dando gritinhos, curtindo existir nesse meio.
Foi muito legal te ver na Bienal, e concordo com as considerações a respeito do fazer artístico enquanto profissão. Como sempre a gente é restrito pela materialidade e pelo que pode arcar com.